quinta-feira, 7 de novembro de 2013

CURSO ABERTO DE SOBREVIVENCIA URBANA E PREPARAÇÃO PARA CRISES Não é um estilo de vida; é uma condição necessária e global atual para todo cidadão de grandes centros urbanos. Preparamos você contra a violência e os problemas em tempo de crises. - Objetivo O Objetivo do Curso é capacitar o indivíduo para estar pronto para os problemas do dia a dia, tais como a violência, acidentes e catástrofes naturais ou não que possam advir sem ou com aviso prévio das autoridades ou meio de mídia em massa. - Público O Público alvo são pessoas que querem aprender e organizar seus pensamentos sobre o mundo atual de forma responsável. Conhecer os princípios, regras e detalhes preciosos dessa atividade de grande valia nas épocas de despreparo da sociedade para lidar com estes problemas. - Metodologia Aulas teóricas com recursos áudio visuais, como data show, exercícios escritos e práticos com a criação de dispositivos improvisados e simulação de situações reais, com CDROM – contendo material para estudos particulares e APOSTILAS. - Duração e tipo de curso O Curso dura 40 horas, e possui classificação de Curso Livre. A legislação brasileira regulamentou a categoria Curso Livre, que atende público a partir do nível fundamental, com objetivo de oferecer profissionalização rápida para diversas áreas de atuação no mercado de trabalho ou necessidades pessoais. - Conteúdo programático - AUTO RESILIÊNCIA, - PREPARAÇÃO E VISÃO ESTRATÉGICA DE SEGURANÇA - COMO AGIR EM CATASTROFES NATURAIS : - ENCHENTES, DESMORONAMENTOS, TERREMOTOS, FURACÕES, VENDAVAIS E NEVOEIROS; - ACIDENTES DE CARRO OU QUEDAS DE AERONAVES; - GUERRAS; - INCÊNDIOS EM PRÉDIOS ; - AVALIAÇÃO E CONHECIMENTO DE ZONAS DE PERIGO; - BLACK-OUTS ( APAGÕES ); - REDES ELETRICAS DE ALTA VOLTAGEM E ENERGIZAÇÃO, COMO CONSEGUIR E ESTOCAR : - ÁGUA POTÁVEL, COMIDA E REMEDIOS PARA PERIODOS DE ESCAZES DE PEQUNA,MEDIA E LONGA DURAÇÃO; - COMO FAZER FOGO SEM FOSFOROS; - ABRIGOS DE SUPERFICIE OU SUBTERRÂNEOS, - RADIO COMUNICAÇÃO VHF E UHF COM ENERGIA PROPRIA, - GERADORES AUTONOMOS DE ENERGIA ELETRICA ; A VAPOR, SOLAR E CAMPO MAGNETICO PERMANENTE, - EVITANDO A HIPOTERMIA, - EVITANDO INFECÇÕES, - CUIDADOS COM VAZAMENTOS DE GÁS - EXPLOSÕES; - PRIMEIROS SOS AVANÇADOS - TECNICAS DE DEFESA PESSOAL APLICADA BASEADAS NO KRAV-MAGA E OUTRAS TECNICAS DE D.P.A POLICIAL URBANA - Corpo docente e gestão do curso - Professor-Instrutor, Carlos Demétrius R. Figueiredo Técnico em Meio Ambiente e segurança do Trabalho e Tecnólogo de Segurança Pessoal e Patrimonial. - Periodicidade das atualizações - O curso é feito com as últimas notícias sobre o tema, e sofre constantes modificações e atualizações. Isso acontece pois, o tema é dinâmico por natureza. - Certificado Emitido pela Oeste Radical – Escola de Aventuras e Cursos Especiais- RJ. Informações e matriculas pelo e-mail do instrutor: carlosdemetrius70@gmail.com

quarta-feira, 4 de setembro de 2013



O QUE LEVAR PARA UM BIVAQUE ???

A mochila é muito importante para um escoteiro. Afinal é nela que você carregara tudo que precisa para ter um acampamento, bivaque ou acantonamento com as necessidades básicas.
  Para começar a montar sua mochila você deve se lembrar da regra escoteira para arrumar a sua mochila. "Leve só o que você precisar e o que você aguentar".

   Seguindo essa regra, abaixo temos uma lista do que levar para um acampamento ou acantonamento de 3 (três) dias. Para 2 (dois) dias é só você tirar 1 (um) item dessa lista (menos a barraca, o saco de dormir e os itens que só tem mesmo 1 item etc...). Em caso de bivaque levar apenas o necessário para a atividade. Os itens como barraca, lanterna, saco de dormir e isolante térmico deve ser questionado junto à chefia da tropa, já que quase nunca é usado nesta atividade.
•3 camisetas
•1 calça comprida
•1 calção
•1 short
•3 cuecas ou calcinhas
•3 pares de meia
•Agasalho(s)
•Capa de chuva
•Saco de dormir
•Isolante Térmico
•Sabonete, shampoo, pasta e escova dentes, pente ou ecova de cabelo além de desodorante
•Toalha
•Sandália ou chinelo
•Lanterna com pilhas e pilhas reserva
•Tênis
•Cantil, Prato, Copo e Talheres
•Medicamentos (sob orientação de adultos)
•Repelente para insetos
•Protetor Solar
•Saco Extra para roupa suja
  Coloque todos os itens acima na mochila, devidamente embrulhadas em sacos plásticos para em caso de chuva não venha a molhar. As roupas devem ser enroladas e não dobradas, assim ocupam menos espaço em sua mochila.
  Melhor ordem para se colocar as coisas:
  Primeiro coloque o saco de dormir, e depois vá colocando as vestimentas e os mateiras mais leves. Lembre-se que na parte onde ficará suas costas deve receber materiais macios, como camisetas e toalha, para não te machucar.
  Acima coloque as roupas mais pesadas, seu tênis reserva e acima de tudo a capa de chuva, para reforçar a impermeabilização de sua mochila.
  Na "tampa" da mochila deve-se colocar a carteira, dinheiro e objetos que utilizará frequentemente. Nos bolsos laterais você deve colocar lanterna, materiais de higiene, e os materiais de pequena acomodação.
  Antes de começar a aventura coloque a mochila e ajuste as correias e as alças. Isso deve ser feito a cada acampamento, bivaque ou acantonamento. Agora coloque o pé na estrada com sua mochila ajustada e bom divertimento e aprendizado.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Qual é diferença entre O "Bushcraft e o Sobrevivencialismo ?
Pode-se dizer que esta atividade se diferencia da prática sobrevivencialista, pois enquanto o sobrevivente busca sobreviver a um determinado desastre ou emergência, o praticante de bushcraft procura viver e se adaptar a situação em que está. Por isto enquanto o sobrevivencialista vai para a selva com uma quantidade razoavelmente grande de equipamentos, o praticante de bushcraft irá se valer mais de seu conhecimento em usar os elementos do lugar a seu favor. Ou seja, onde um sobrevivencialista talvez use uma barraca, o praticante de bushcraft irá construir um abrigo e um leito para si.

Outro aspecto notável é que a prática sobrevivencialista normalmente age para manter o indivíduo vivo em uma situação de crise, pressupondo que esta situação uma hora chegará ao fim ou o indivíduo chegará em um lugar seguro. No bushcraft, o indivíduo seguirá um plano para se adaptar a nova situação, criando novas estratégias e rotinas para poder continuar vivendo, independente de como a situação está e sem se preocupar em voltar ao antigo Status Quo (isto é, supondo que ocorra algum desastre ou catastrofe).

Acredito que ambas as práticas são complementares, já que seus conhecimentos tem aplicações diferentes mas próximas. por exemplo, em um caso de desastre ligado a organização social, inicialmente o sobrevivente vai aplicar seus conhecimentos para se manter vivo e se deslocar para uma área segura (neste caso sendo mais indicado a área rural). Após chegar nesse lugar seguro, entra em ação o seu conhecimento de bushcraft para adaptá-lo a esse novo estilo de vida."

Fonte: http://safarinasiberia.wordpress.com/author/aventuraselvagem/page/11/

terça-feira, 4 de junho de 2013

TORNADOS & TUFÕES COMO SE FORMAM ONDE OCORREM E SUA FORÇA DEVASTADORA

Tornados

Os meses com maior número de tornados em geral são abril, maio e junho, mas os tornados podem ocorrer durante qualquer mês do ano. A temporada de tornado variam em diferentes partes dos Estados Unidos. No Sudeste, a época de pico de tornados é de fevereiro a abril. Nas planícies do norte, os tornados são mais propensos a se desenvolver a partir de maio, junho e agosto. Os tornados se formam com maior frequência na região central dos Estados Unidos. Essa região é o ponto de encontro do ar quente, proveniente do Golfo do México, com o ar gelado que vem da região polar. Os tornados são os fenômenos mais severos da natureza. Os ventos podem atingir uma velocidade de 400Km/h a 500 km/h. Geralmente a temporada de tornados tem início na primavera no hemisfério norte onde a quantidade de radiação solar é maior, consequentemente, o fluxo de calor do Golfo do México torna-se mais frequente.
                  Formação de um Tornado
Formação de um Tornado

Tornados mataram mais pessoas este ano, desde 1953. Algumas perguntas são inevitáveis, como por exemplo: as temperaturas globais mais elevadas podem estar contribuindo para essas ocorrências ? A resposta é: não há uma correlação estatística entre o número de tornados e aumento das temperaturas. Tornados fazem parte de uma severa tempestade convectiva, e estas tempestades ocorrem por toda a Terra, os tornados não estão limitados a qualquer localização geográfica específica. Na verdade, os tornados foram documentados em todos os estados dos Estados Unidos, e em todos os continentes, com exceção da Antártica (mesmo lá, a ocorrência tornado não é impossível). Na verdade, sempre que as condições atmosféricas são exatamente propicias, a ocorrência de uma tempestade é possível. No entanto, algumas partes do mundo, são muito mais propensos a tornado que outras. Globalmente, as latitudes médias entre 30 ° e 50 ° norte ou sul, proporcionam o ambiente mais favorável para tornadogenesis. Esta é a região em que o frio do ar polar encontra contra ar quente subtropicais, muitas vezes gerando precipitação convectivas ao longo dos limites de colisão. Além disso, o ar nas latitudes médias, muitas vezes flui em diferentes velocidades e direções e em diferentes níveis da troposfera, facilitando o desenvolvimento de rotação dentro de uma célula de tempestade. Curiosamente, os locais que recebem os tornados mais frequentes são também consideradas as zonas agrícolas mais férteis do mundo.Simplesmente, como resultado do grande número de tempestades convectivas e do ambiente favorável, são aumentadas as probabilidades de que algumas destas tempestades produzirem tornados. Regiões do mundo com maior probabilidade de ocorrência de tornados.
mapa
Os Estados Unidos lideram a lista, com uma média de mais de mil tornados registrados a cada ano e em segundo lugar é o Canadá, com cerca de 100 por ano. Outros locais que passam por ocorrências de tornado frequentes incluem o norte da Europa, Ásia ocidental, Bangladesh, Japão, Austrália, Nova Zelândia, China, África do Sul e Argentina. Na verdade, o Reino Unido tem mais tornados, em relação à sua área de terra, do que qualquer outro país. Felizmente, a maioria dos tornados no Reino Unido são relativamente fracos.
Referência: http://www.ncdc.noaa.gov
 
Assista ao vídeo, eu recomendo: 

Click no link abaixo e assista.

--> http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=CkbUb7yyh7c

segunda-feira, 3 de junho de 2013

D.P.A - DEFESA PESSOAL APLICADA ( PARA QUALQUER SITUAÇÃO )

O que é D.P.A ? 

É a sigla para Defesa Pessoal Aplicada, no mundo de hoje com o alarmante crescimento da violência urbana e rural  praticada pelo próprio ser humano pelas mais diversas razões. O cidadão comum e pacifico sente-se acoado tanto pela lei, que lhe tolhe e limita o uso de armas de fogo em legitima defesa e a inépcia e total desconhecimento da utilização de armas brancas tais como ( facas, canivetes, estiletes, bastões e porretes portáteis ) das quais a lei (4.898/65) não faz menção conta o seu porte ou uso no meio urbano ou rural. Algumas com certo grau de letalidade,  e existem também as não convencionais e não letais ( como arma de choque e sprays paralisantes e de pimenta ).
A saida mais simples para este problema e nos protegermos foi então a pratica e estudos das ARTES MARCIAIS ( ANTIGAS e TRADICIONIAS e as NOVAS e APERFEIÇOADAS ) , DAS ANTIGAS podemos citar : KARATÊ, JUDÔ, JIU-JITSU, KUNG-FÚ, AIKIDÔ, TAEKWONDO, CAPOEIRA entre outras. E DAS MAIS NOVAS citamos as : KRAV-MAGÁ, SYSTEMA RUSSO, CALI-SILAT, DEFENCE CRAFT POLICIAL, SAVATE, KIKBOX entre outras. 

Nestas técnicas procuramos a que mais se ajusta ao nosso porte físico, supremacia técnica, e facilidade em gerar uma visão geral de segurança pessoal e a saída imediata de qualquer conflito e agressão física através do autocontrole e golpes que anulam temporariamente a ação do agressor. Fazendo assim que escapamos do conflito ou situação de agressão deixando o agressor em estado temporário de impotência e letargia.

" O direito do cidadão a LEGITIMA DEFESA própria ou a de outrem sob sua companhia e ou guarda sem os excessos de violência traumática , e garantido por lei pela própria CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA e os nossos CÓDIGOS CIVIL E PENAL BRASILEIROS."

Abaixo vemos alguns exemplos  de golpes e saídas pela
 DEFESA PESSOAL APLICADA,









































  



SE VOCÊ MORA NO RIO DE JANEIRO - RJ E ESTÁ INTERESSADO EM ESTUDAR E APRENDER DEFESA PESSOAL APLICADA - D.P.A 
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Tempestades Magnéticas Solares e Seus Efeitos nas Comunicações Terrestres.





 


O campo magnético medido na superfície da Terra é resultado de diferentes fontes: o campo gerado no núcleo, o campo induzido na crosta e no manto e aquele gerado externamente pelo Sol. Os geofísicos podem desenvolver novas ideias tanto sobre o interior do nosso planeta, quanto sobre o ambiente espacial, sem mesmo sair da superfície terrestre, usando dados de observatórios magnéticos.
A Terra e o Sol estão separados de cerca de 150 milhões de quilômetros, entretanto há uma forte conexão entre eles pelo fluxo de energia do Sol, que sustenta e permite a existência da vida na Terra. Mas apesar de todos os benefícios do Sol, ele também é capaz de causar prejuízos para a humanidade. O desenvolvimento de equipamentos acima da superfície terrestre é vulnerável a efeitos mais imediatos da variabilidade do sistema Sol- Terra. Neste tópico do curso explicaremos como o campo externo varia no período de dias e quais são os prejuízos possíveis no caso de tempestades magnéticas.
Variação Diurna do Campo Geomagnético
A variação do campo magnético externo no período de dias é chamada de variação diurna, sendo caracterizada como “calma” (ou em inglês Sq de “solar-quiet”) quando o campo magnético não é perturbado pela atividade solar. A variação diurna pode ser interpretada como uma superposição de ondas com períodos de 24 e 12 horas com uma amplitude da ordem de algumas dezenas de nT, seguindo o horário local. Estas variações são mais intensas no decorrer do dia e insignificantes durante a noite. As correntes elétricas responsáveis pela variação diurna estão localizadas na região mais condutiva da ionosfera, chamada região E (entre 90 e 120 km).
A variação diurna é diferente para cada latitude (Figura 1). Note, por exemplo, que o magnetograma de Huancayo (Peru) possui uma variação diurna mais intensa do que os demais observatórios. No lado diurno da Terra, há uma faixa de aproximadamente 5o na região do equador magnético na qual ocorre um separação de cargas na ionosfera e um movimento na direção leste- oeste destas cargas. Com isso, há um fluxo concentrado de corrente elétrica no lado do dia nesta região do equador magnético, causando uma variação diurna mais pronunciada nos observatórios desta região, como é o caso de Huancayo.
MÓDULO 3.3: TEMPESTADES MAGNÉTICAS E SEUS EFEITOS NAS COMUNICAÇÕES
Figura 1. Variação diurna da componente horizontal do campo geomagnético (H) registrada em cinco observatórios com diferentes latitudes magnéticas, que são medidas de acordo com o dipolo terrestre inclinado de 1.5o em relação ao eixo de rotação terrestre. Os dias do ano correspondem aos dias 8 de outubro (281) até o dia 12 de outubro (286) de 2003.
Características das Tempestades Magnéticas
Von Humboldt, em 1808, foi o primeiro a descrever períodos ocasionais durante os quais medições magnética na superfície terrestre apresentavam variações muito intensas, rápidas e irregulares do campo geomagnético, diferentes das observadas nos dias calmos. A estas variações ele atribuiu o nome de tempestades magnéticas.
As tempestades são causadas por ejeções abruptas ou de alta velocidade do plasma solar, que causam um estado de alta dinâmica na magnetosfera, dependente do tempo. A ejeção de massa coronal do Sol impulsiona bilhões de toneladas de partículas carregadas através do vento solar com velocidade de três a quatro vezes maior do que a velocidade normal.




 Nas tempestades há diferentes fases: a fase inicial (I) é aquela na qual há o registro de um abrupto impulso resultado da compressão da magnetopausa pelo vento solar e da conexão magnética (veja item 3.2 deste curso). A fase seguinte, chamada de principal (P), é caracterizada por uma diminuição da intensidade da componente H em baixas latitudes, resultado da corrente em anel (veja ítem 3.2 deste curso). A corrente em anel para oeste gera um campo magnético para o sul no seu interior. Como este campo gerado aponta na direção oposta ao campo magnético dipolar da Terra que aponta para o norte, esta corrente tende a diminuir a intensidade do campo magnético horizontal (H). A fase seguinte é chamada de fase de recuperação (R) na qual a corrente em anel diminui e retorna aos níveis de H, em baixas latitudes, de antes da ocorrência da tempestade (Figura 2). Apesar destas características gerais, cada tempestade magnética tem sua própria e única característica.


Uma tempestade magnética pode durar desde algumas horas até alguns dias. As chamadas sub-tempestades apresentam durações mais curtas do que as tempestades magnéticas. A causa e efeitos das sub-tempestades é controversa, mas de modo geral acredita-se que são resultantes de um acúmulo de energia na cauda da magnetosfera que é liberada de uma só vez e um posterior desvio das correntes elétricas ao longo das linhas do campo geomagnético. Como resultado, ocorrem as auroras em altas latitudes. Mais detalhes sobre as auroras serão apresentados no próximo tópico do curso.
Figura 2. Dados de oito observatórios magnéticos mostrando a intensidade da componente horizontal (H) durante a tempestade que ocorreu do dia 28 ao dia 31 de outubro de 2003. Os magnetogramas estão organizados por longitude em observatórios de baixas latitudes (vermelho) e altas latitudes (azul) . Os círculos indicam anticorrelação entre locais de altas e baixas latitudes, que são sub-tempestades. As fases da tempestade magnética são mostradas abaixo (em verde).
Há vários índices magnéticos para a análise de diferentes características do campo geomagnético. O índice Dst (“Disturbed Storm Time”) caracteriza tempestades magnéticas e é calculado para quatro observatórios magnéticos localizados em relativamente baixas latitudes: Kakioka (Japão), Hermanus (África do Sul), Honolulu e San Juan (Estados Unidos). A ideia é que estes observatórios são bons representantes do aumento da corrente em anel na magnetosfera. Este índice é calculado retirando-se a influência do campo do núcleo (variação secular) e da variação diurna regular. Desta forma, o índice Dst representa somente o distúrbio causado pela tempestade, calculado a cada minuto. Uma representação esquemática do índice Dst durante a ocorrência de uma tempestade magnética é mostrada na Figura 02.



Tempestades magnéticas e o ciclo solar

Se observarmos médias mensais da componente horizontal (H) em observatórios magnéticos, nota-se que as tempestades solares são moduladas em fase com o ciclo solar. Os picos no desvio padrão durante, por exemplo, os anos de 1921, 1941 e 1989 correspondem a grandes tempestades magnéticas (Figura 3).
A descoberta de que tempestades magnéticas ocorrem mais provavelmente durante períodos de máximo solar e menos durante períodos de mínimo solar, foi uma das mais importantes descobertas na história da física espacial (Figura 4). Esta descoberta foi feita em 1852 por uma astrônomo inglês Edward Sabine, que cuidadosamente analisou longas séries temporais de dados coletados por observatórios magnéticos, incluindo um localizado, na época, em Toronto.
Campo magnético induzido
A variação do campo magnético no tempo é sustentada por correntes na ionosfera e magnetosfera que induzem correntes elétricas na crosta, oceanos e manto. Correntes induzidas na crosta por tempestades magnéticas podem causar transtornos para a rede elétrica de indústrias, já que as correntes podem atingir transformadores pelas conexões existentes no solo.
A profundidade na qual estas correntes induzidas penetram no solo depende da condutividade elétrica da sub-superfície e da frequência na qual ocorrem as variações do campo magnético terrestre. Por exemplo, variações magnéticas com períodos variando de segundos a dezenas de minutos, penetram na crosta cerca de 20-100 km.
Há levantamentos magnéticos regionais para estudar a estrutura de condutividade elétrica de sub-superfície de diferentes regiões. Neste tipo de levantamento, os sensores medem tanto o campo magnético quanto as correntes elétricas
Figura 4. Atividade magnética controlada pelo Sol. Em (a) o desvio padrão das médias mensais no componente horizontal (H) medido em observatórios da Alemanha. Em (b) as medias do número de manchas solares.
Figura 3. Esquema do índice Dst durante uma tempestade magnética típica.
induzidas na crosta. Uma análise mais qualitativa sobre a indução magnética pode ser obtida por um dado de observatório magnético. A Figura 5 mostra magnetogramas de quatro observatórios que registraram uma grande tempestade magnética.


Cada um dos observatórios mostra uma variação similar na componente horizontal do campo (H). A maior parte deste sinal é a assinatura magnética de grande escala, determinada pelo sistema de correntes na ionosfera e magnetosfera sustentados durante uma tempestade magnética.
 
Em contraste, um magnetograma mostrando a componente vertical (Z) varia significantemente para cada local, devido as diferentes estruturas de condutividade elétrica em sub-superfície. Note, por exemplo, que os traços de Z para dois observatórios na Espanha (Figura 5): San Pablo Toledo (SPT), no centro da Espanha, e Ebro (EBR), na costa são bem diferentes. A maior parte da variação em Z no magnetograma de Ebro vem das correntes elétricas induzidas no mar Mediterrâneo. Como a água salgada dos oceanos é uma boa condutora de corrente elétrica, comparada às rochas e sedimentos, os observatórios em regiões costeiras produzem heterogeneidades locais de condutividade. Como resultado há uma resposta eletromagnética complicada nos dados de observatórios. Mas variações em Z também podem refletir diferenças na geologia local. Dois exemplos são os observatórios mostrados da Itália e Romênia: notase que o registro da Romênia é mais complexo, refletindo uma formação rochosa com maior condutividade comparada às rochas da Itália (Figura 5).
Exemplos de tempestades magnéticas e seus prejuízos para os seres humanos
Quando erupções solares ocorrem, partículas energéticas podem penetrar na atmosfera terrestre e danificar sistemas tecnológicos espaciais, assim como prejudicar a saúde de astronautas e passageiros de aeronaves nas regiões polares. As erupções solares podem também ameaçar a segurança dos países quando distúrbios ionosféricos interrompem navegação e comunicação por satélite.
O gerenciamento das frequências de comunicação se baseia no conhecimento da densidade de elétrons na ionosfera, que depende criticamente da atividade solar. As flutuações na densidade atmosférica, controladas pelo Sol, também podem alterar as órbitas das dezenas de
Figura 5. Variações do campo magnético que revelam diferenças na condutividade elétrica da sub-superfície. Os magnetogramas registram o campo de 20 a 21 de novembro de 2003 em observatórios na Europa com as longitudes especificadas na figura. A variação da intensidade horizontal (H, em azul) é controlada pela tempestade magnética na magnetosfera. Diferenças laterais na componente vertical (Z, em vermelho) são devido a correntes elétricas induzidas na crosta e oceano.
milhares de objetos em baixa órbita terrestre. Além de todos estes problemas, as tempestades magnéticas podem induzir correntes elétricas no subsolo e causar problemas em redes elétricas.
A tempestade magnética que ocorreu nos dias 1 e 2 de setembro de 1859 é chamada de “tempestade de Carrington” em homenagem a Richard Carrington que foi um dos astrônomos que observou uma erupção solar que iniciou o evento. Uma forte tempestade magnética iniciou 17 horas depois da erupção e continuou aproximadamente por 36-48 horas. Em Mumbai, na Índia, foi registrada uma depressão de cerca de 1600 nT no campo observado, devido a esta tempestade. Esta é uma perturbação enorme para uma estação que está em baixas latitudes e até hoje é um tópico de discussão entre os especialistas da área. Durante esta tempestade, auroras foram observadas até mesmo em baixas latitudes geomagnéticas de 20o.
Esta erupção solar induziu fortes correntes elétricas em sistemas de telégrafo da época. Estas correntes induzidas queimaram os cabos de telégrafo dos Estados Unidos e causaram grandes incêndios. A “tempestade magnética de Carrington” é atualmente usada como o grande exemplo de condições extremas do clima espacial.
A tecnologia daquela época ainda era restrita, comparada aos dias de hoje, onde temos satélites e uma ampla rede de energia elétrica. Uma questão muito discutida é o que aconteceria atualmente se uma tempestade desta magnitude atingisse a Terra? Um grupo de estudos espaciais dos Estados Unidos (“Space Studies Board”) estimou que o prejuízo para a rede elétrica dos Estados Unidos seria enorme, com um impacto econômico na escala de um ou dois trilhões de dólares. Não há uma razão científica para excluir a possibilidade de um grande evento como este ocorrer. Entretanto, não é possível prever se quando poderia ocorrer.
Outros eventos intensos de tempestades magnéticas, mas menores do que a tempestade de 1859, ocorreram em 1956, 1986, 1989 e 2003. Nos eventos de 1956, 1986 e 1989 não foi possível medi-los com sensores em satélites, por isso há limitações nas informações, como por exemplo, sobre variações do vento solar. A era das medidas por satélites relacionadas a este tema, iniciou na década de 90. Por isso o evento de 2003 foi melhor documentado do que os demais.
A tempestade magnética de 1956 apresentou um dos mais intensos valores de fluxos de radiação observados instrumentalmente em estações na superfície terrestre. Entretanto, este evento não foi associado com uma forte atividade magnética, ou seja, a tempestade magnética não foi tão intensa. Este tipo de tempestade poderia causar efeitos críticos em sistemas eletrônicos.
A característica mais interessante da tempestade de 1986 foi sua ocorrência próxima a um mínimo solar. Esta tempestade mostrou que o ciclo solar influencia somente estatisticamente na frequência de eventos severos, indicando que os eventos acontecem raramente durante mínimos solares, mas que há esta possibilidade.
A tempestade magnética de 1989, foi o evento mais intenso das últimas dezenas de anos. Esta grande tempestade induziu correntes no solo, causando um “blackout” (ou apagão) em Quebec, Canadá. Esta tempestade magnética também causou interrupção na órbita e operação de satélites.
A tempestade magnética de 2003, também chamada tempestade magnética do “Halloween” foi o maior exemplo de consequências para aeronaves e satélites, já que nesta época estas tecnologias estavam plenamente desenvolvidas. Muitos problemas com operações espaciais foram reportados, como por exemplo, perda de dados devido a interferência nos sensores de satélites. Também houve uma considerável interferência em comunicações de rádio de alta frequência, especialmente em regiões polares. Alguns voos nestas regiões tiveram que ser redirecionados, assim como usar suas comunicações de reserva. Problemas nas redes elétricas do norte da Europa e África do Sul foram reportados, principalmente quanto ao super-aquecimento de transformadores.
A Figura 2 mostra a intensidade horizontal
(H) nos magnetogramas da tempestade de 2003, que foi iniciada por uma ejeção de massa coronal associada com um grande grupo de manchas solares. A tempestade “Halloween” possui uma característica incomum, já que possui duas fases principais, cada uma seguida por um período de recuperação.
A curiosidade científica e a utilidade para a sociedade clamam por uma melhor compreensão sobre o sistema Sol-Terra. Mesmo as pequenas mudanças na energia que flui do Sol pode ter uma ampla faixa de efeitos, desde mudanças climáticas até problemas na comunicação por satélites.
Com um melhor conhecimento sobre o sistema Sol-Terra algumas questões serão respondidas, como por exemplo: será que uma erupção solar poderia ser mortal para astronautas ou causar problemas irreversíveis em instrumentos? Será que os problemas causados em navegação e comunicação por tempestades solares podem comprometer a segurança na Terra? Poderemos no futuro prever estes efeitos?
A compreensão sobre os fenômenos envolvendo tempestades magnéticas é fundamental para reduções de riscos. As tempestades magnéticas interferem em levantamentos magnéticos crustais com objetivo de mapear e explorar minérios, assim como causam interferências em sistemas de orientação magnética usados para perfuração direcional (veja mais no módulo 4). A comunicação de longa distância por rádio pode ser dificultada durante uma tempestade magnética, assim como a precisão de sistemas de posicionamento global (como o GPS) pode ser reduzida. No espaço, a eletrônica de satélites pode ser danificada e a orbita de satélites modificada. Astronautas e pilotos em altas altitudes podem estar sujeitos a um aumento da radiação.
Dados de observatórios magnéticos em tempo real podem ser usados como um monitoramento do clima espacial de baixo custo. Dados históricos de observatórios permitiram estudos estatísticos de como as tempestades estão distribuídas temporalmente e quão intensas elas podem ser. Devido ao risco potencial nas atividades e infra-estrutura de nossa sociedade moderna, baseada em novas tecnologias, o governo federal dos Estados Unidos apoiam o programa nacional de monitoramento do clima espacial. Programas similares existem no Japão e na Europa.
Referências Bibliográficas e fontes dessas informações e creditos :
Campbell, W. H., 1997. Introduction to Geomagnetic Fields. Cambridge University Press. 290 páginas.
Lean, J., 2005. Living with a variable Sun. Physics Today. June, 2005.
Love, J. J., 2008. Magnetic monitoring of Earth and space. Physics Today. Februrary, 2008.
Merril, R. T., Mcelhinny, M. W.; McFadden, P. L. (1996). The Magnetic Field of the Earth- Paleomagnetism, the core and the deep mantle. Academic Press. Volume 63.

Lester, M., 2007. Magnetic storm and substorms. Em: Encyclopedia of Geomagnetism and Paleomagnetism, Editores: Gubbins, D. & Herrero- Bervera, E., Springer, p. 926-928.
Lakhina, G. S., Tsurutani, B. T., Gonzalez, W. D. And Alex, S., 2007. Humboldt, Alexander Von and Magnetic Storms. Em: Encyclopedia of Geomagnetism and Paleomagnetism, Editores: Gubbins, D. & Herrero-Bervera, E., Springer, p. 404- 406.
Fontes das Figuras
Figuras 1, 2, 4 e 5: Love, J. J., 2008. Magnetic monitoring of Earth and space.
Figura 3: Lester, M., 2007. Magnetic storm and substorms.